BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE O TABAGISMO
1) INTRODUÇÃO
DEFINIÇÃO: É a prática do hábito de usar o tabaco, principalmente, o de fumar cigarros. Tabaquista ou tabagista é toda pessoa que pratica o tabagismo ou tabaquismo.
OBJETO: O tabagismo é praticado através do rapé, cachimbo, charuto, fumo de rolo e, principalmente, do cigarro pelos meios da aspiração, inalação e mascado.
CLASSIFICAÇÃO: Em dois grupos que são os fumantes ativos e os fumantes passivos.
Os ativos são os que praticam o tabagismo, regular e continuamente.
Os passivos são os que, apesar de não praticarem o tabagismo, freqüentam ambientes poluídos com as substâncias da fumaça do cigarro.
Considera-se que este grupo seja, pelo menos, duas vezes maior que o dos ativos.FINALIDADE: Muitos o utilizam porque sentem-se mais fortalecidos diante de situações estressantes, para aliviar a ansiedade, para emagrecer ou para sentirem-se integrados no meio social que freqüentam, pela influência social dos seus ídolos ou modismos...
PROCESSO DE FUMAR: O processo de fumar consiste na ingestão da fumaça do cigarro, em combustão, que percorrerá a boca, narinas, olhos, garganta, esôfago, vias respiratórias, pulmões, todo o aparelho digestivo e circulatório, agredindo e ferindo todo o organismo humano.
CONSEQÜÊNCIAS: Viciação mental e psicológica, com dependência química pela nicotina;
Contaminação de todo o organismo pelas mais de 4.700 substâncias tóxicas e/ou cancerígenas contidas na fumaça do cigarro;
Poluição tabágica ambiental nos lares, locais de trabalho, coletivos e sociais, com graves prejuízos para a saúde daqueles que participam destes ambientes, que são os chamados fumantes passivos.
Suicídio involuntário consciente.
2 ) DADOS ESTATÍSTICOS e INFORMAÇÕES
- Dia 31 de maio: Dia Mundial sem o Tabaco.
- Dia 29 de agosto: Dia Nacional de Combate ao Fumo.
- Para cada 300 cigarros (15 maços) produzidos, uma árvore é derrubada;
- Em 1.988, foram produzidos 586 bilhões de cigarros;
- Em 1.994 foram consumidos 7 milhões de toneladas;
- Anualmente, são consumidos 6,03 trilhões de cigarros.
- O Instituto Nacional do Câncer (INCA) relata sobre informações de que as indústrias de cigarros, na sua fabricação, adicionam produtos que provocam maior dependência química. São, também, utilizados aditivos como essência de chocolate, mel, etc., com a finalidade de mascarar o gosto da fumaça e da queima do papel.
- A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que no mundo existem 1,1 bilhão de fumantes regulares, dos quais 300 milhões estão nos países desenvolvidos;
- No Brasil, estima-se existir 33 milhões, sendo 8 milhões em São Paulo, e destes, 2,8 milhões na faixa etária de 5 a 19 anos;
- Estima-se que, para cada fumante regular, existem dois fumantes passivos. Portanto, ao redor de 50% da população mundial está envolvida e sofrendo as conseqüências do tabagismo;
- A OMS afirma que o tabagismo deve ser considerado e combatido como uma pandemia, ou seja, uma epidemia generalizada;
- Ao redor de 30% dos gastos da rede pública do SUS, do Estado de São Paulo, estão relacionados com doenças provenientes do tabaco.
- Dez mil pessoas morrem ao dia; 3,5 milhões no ano, em conseqüência das 25 doenças provocadas pelo cigarro;
- No Brasil, entre 80 e 100 mil pessoas morrem pôr ano;
- No Brasil, 1/3 da população adulta fuma: 11,2 milhões de mulheres e 16,7 de homens;
- No Brasil, 7,9% dos jovens fumam regularmente. O pior é que 18,6% consomem bebidas alcóolicas;
- O Brasil é o 4o produtor mundial de tabaco. Perde para a China, Estados Unidos e Índia;
- O Brasil é o 6o maior mercado de cigarros do mundo;
- 90% dos fumantes ficam dependentes da nicotina entre 15 e 19 anos de idade. Existem 2,4 milhões de fumantes nessa faixa etária;
- 60% dos filhos de fumantes são propensos ao tóxico;
- Comparando-se com aqueles que nunca fumaram, o risco de contraírem câncer na boca, garganta, faringe e laringe, etc. é de: 8 vezes para os que fumam e de 4 vezes para os que ingerem álcool. Para os que associam tabagismo ao álcool, este risco se potencializa a 150 vezes.
Doenças e males provocados pelo tabagismo e seus percentuais:
- 90% dos fumantes sofrem de tosse ou pigarro;
- 95% das mortes por câncer nos pulmões;
- 30% dos casos de câncer nos lábios, boca, faringe, esôfago, pâncreas, bexiga e rins;
- 80% dos casos de câncer na laringe e 20% no útero;
- 80% das doenças de bronquiolite, bronquite crônica, aneurismas e efisema pulmonar;
- 30% dos enfarte do coração; anginas e doenças cardiovasculares.
Os cigarros com baixo teor de alcatrão e nicotina são mais nocivos à saúde que os comuns, porque para ingerir a mesma quantidade de nicotina (que a dependência química solicita) é necessário que se dê tragadas mais intensas e profundas, provocando a ingestão de maiores quantidades de substâncias tóxicas. Com isto, cresce o risco de enfarte do coração, efisema pulmonar e as demais conseqüências.
3 ) AS SUBSTÂNCIAS QUE CONSTITUEM A FUMAÇA DO CIGARRO
Além da nicotina, que é a causadora da dependência química, foram encontradas mais de 4.700 substâncias tóxicas na fumaça do cigarro. Elas são originárias dos próprios ingredientes do cigarro, mais os produtos químicos utilizados, desde o plantio até a industrialização do tabaco e da combinação dos mesmos quando da combustão, ao acendê-lo.
Essas substâncias serão absorvidas, pelo fumante ativo, ao tragar a fumaça e, pelo fumante passivo, ao respirar o ar poluído nos ambientes em que se fuma.
Dentre outras, destacamos as seguintes:
- Bióxido e monóxido de carbono; amônia; aldeídos; são gases tóxicos que causam a má oxigenação do cérebro, do coração, dos músculos e em todo o organismo;
- Alcatrão; chumbo; polônio 210; arsênio; DDT; níquel; cádmio; são agentes tóxicos e cancerígenos;
- Corantes, fertilizantes e agrotóxicos; ácidos acético, benzóico e fórmico; ...
- Amônia: segundo informações do INCA, os cigarros produzidos no Brasil contém esta substância, que faz aumentar a liberação da nicotina livre, causadora da sensação de bem estar. Consequentemente, há maior absorção da nicotina pelo organismo, aumentando o grau de viciação.
4) ALGUNS BENEFÍCIOS IMEDIATOS APÓS O ÚLTIMO CIGARRO FUMADO
Muitos fumantes ativos expressam o conceito de que não param de fumar, porque já o fazem há muitos anos e, por isto, o mal que poderiam causar a si mesmos, já o causaram. Este conceito é equivocado, pois, então, vejamos:
A regeneração do organismo é natural; células, tecidos e órgãos podem se regenerar e voltarem a funcionar como se nunca tivessem sofrido qualquer agressão tabágica. Contudo, existem danos irreversíveis como efisema pulmonar, câncer, aneurismas, enfartes, etc.. Nestes casos, será imprescindível ter paciência e resignação para suportar e conviver com estas enfermidades, tornando a sua vida melhor, em função de uma nova postura com relação ao vício.
Lembre-se de que a sua felicidade depende da maneira como vive a vida e como enfrenta as dificuldades que ela nos apresenta, sempre. Então, ao parar de fumar, o que for possível será regenerado pelo organismo e não mais intoxicará os órgãos que ainda estão preservados ou com possibilidades de recuperar-se.
Portanto, nunca será tarde para parar de fumar.
Veja alguns dos benefícios imediatos após o último cigarro:
- A pressão sangüínea e a pulsação voltam ao normal após 20 minutos sem fumar;
- Depois de duas horas sem fumar, a nicotina não circula mais no sangue e, após oito horas, o nível de oxigênio no sangue se normaliza, melhorando a circulação sangüínea, respiratória e o organismo em geral;
- Em função da melhor oxigenação do sangue, sua pele deixará de ser azulada;
- Em poucos dias, o fumante sentirá o paladar, o olfato, a respiração e o estado geral melhorados;
- A tosse e o pigarro, a congestão nasal e a fadiga serão de leve intensidade em poucas semanas;
- As células ciliares, retornam ao seu funcionamento, diminuindo os riscos de doenças respiratórias e procedendo a limpeza dos pulmões;
- Depois do primeiro ano, reduz-se em 50% a probabilidade de contrair doenças relativas ao tabagismo e, após 10 anos sem fumar, a probabilidade estará próxima dos que nunca fumaram;
- O ambiente em que estiver, não sofrerá mais da poluição provocada pela fumaça do cigarro;
- Os seus familiares não mais serão fumantes passivos;
- A satisfação íntima que você sentirá por iniciar esta luta, o surpreenderá; etc.
5) NIVEL DE NICOTINA NO SANGUE
Eis as questões:
Você sabe porque fuma?
Você sabe como funcionam os seus pulmões ao ingerir a fumaça?
Você conhece a reação das suas células nervosas com a nicotina?
Você sabe porque não consegue parar de fumar?
Você sabe que existe um regulador da quantidade de nicotina no sangue, que poderemos chamar de 'nível de nicotina', e que exerce influência na sua vontade de fumar?
Você sabe que pode deixar de fumar administrando este nível?
Como você pretende parar de fumar sem antes conhecer os recursos para tal fim? Pois bem!
É preciso conhecer os meandros do vício, para combatê-lo; conhecer a sua essência, distinguir os fatores viciantes dos fatores condicionados; é preciso conscientizar-se.
Este método fará com que você de um fumante impulsivo, que é, aprenda a ser um fumante controlado e, finalmente, um ex-fumante.
Para que isto aconteça, é necessário um método que lhe ensine como agir e reagir diante da vontade de fumar.
MEPAM- Método Paulatino por Autocontrole Mental, lhe proporcionará todas as condições para esta finalidade.
Considerações sobre o nível de nicotina no sangue
Se pudéssemos medir a quantidade de nicotina no sangue através de um nível, faríamos uma escala de zero a 30, onde no zero estariam os não fumantes e no 30 estariam os fumantes de grandes quantidades (um maço para mais), e entre eles os demais.
Considerações:
1) A nicotina é uma substância neurotransmissora, que atua sobre os neurônios através de impulsos, transmitindo-lhes funções para serem executadas;
2) Os neurônios são células nervosas, adaptáveis a substâncias químicas, que se moldam conforme suas características e à necessidade do organismo. Neste caso, à substância nicotina;
3) Cada fumante determina o seu próprio nível de nicotina, mediante a quantidade fumada;
4) A variação deste nível está relacionada com a maior ou a menor quantidade fumada;
5) Os níveis de nicotina no sangue são: de equilíbrio, de excesso e de falta
O nível de equilíbrio corresponde à quantidade de cigarros fumados habitualmente.
Quando este nível é alterado, resulta nos seguintes efeitos químicos e psicológicos:
a) Se o fumante exagerar no consumo de cigarros diários, o nível habitual estará alterado para mais. A quantidade de nicotina no sangue estará acima do habitual; por conseqüência, o fumante sentir-se-á saturado, cheio, e não terá vontade de fumar porque os neurônios estarão 'estocados' com nicotina suficiente para se reabastecerem. Se o fizer, por insistência ou teimosia, aumentará este nível e passará a consumir mais, readaptando os neurônios a novo nível patamar de consumo.
Exemplo: Num fim de semana ou num encontro social, normalmente, fuma-se mais.
O fumante de 20 cigarros por dia, nesta ocasião, fumará 30 cigarros. Daí, o seu nível de nicotina irá aumentar e ele, no dia posterior, depois daquele envolvimento do encontro, não sentirá vontade de fumar porque estará com o nível saturado. Os neurônios, com estoque de nicotina suficiente para se reabastecerem, não o impelirá a fumar. Poderá fazê-lo por descontrole ou condicionamento psicológico e, não, por causa da dependência química.
b) Se o fumante reduzir o consumo de cigarros diários, o nível habitual de nicotina no sangue irá diminuir. Mesmo assim, os neurônios terão estoque suficiente, porque ele sempre fuma além da necessidade química, em função da sua dependência psicológica.
Os sintomas da síndrome de abstinência, somente, ocorrerão com intensidade, quando não mais existir nicotina no sangue ou quando ela for insuficiente. Neste caso, com a sua insistência em permanecer neste nível inferior, os neurônios se readaptarão a este novo patamar. Os efeitos destes sintomas serão suportáveis e passageiros. A quantidade fumada irá reduzir em quase 50% da habitual. E, assim, regressivamente, até não fumar mais.
Os neurônios, com o tempo e mediante uma ação voluntária, adaptam-se e readaptam-se a quantidades maiores ou menores de nicotina no sangue, até a sua eliminação total.
A finalidade desta informação é a de explicar as ocorrências provocadas pela presença ou ausência da nicotina no sangue, a fim de saber como agir e reagir diante das circunstâncias.
Se fumar demais num dia, no outro, fumará menos por causa do nível elevado de nicotina no sangue. Se fumar menos, sentirá vontade de fumar mais. Este vai-e-vem é explicado acima e nos demonstra que podemos controlar os efeitos da ausência de nicotina no sangue que é o maior obstáculo para se deixar de fumar.
O Método Paulatino explica e informa os procedimentos precisos para obter este controle e para reduzir o nível de nicotina, até a sua eliminação total.
6) Porquê o fumante não consegue parar de fumar de vez, imediatamente?
MEPAM - MÉTODO PAULATINO por autocontrole mental
Registrado na Fundação Biblioteca Nacional
Porquê o fumante não pára de fumar, imediatamente, de vez?
Depois do último cigarro, ocorre a ausência da nicotina no sangue;as células cerebrais a exigem e ela não é reposta.
Surgem, então, os sintomas da crise de abstinência, voltando-se a fumar para aliviar os seus efeitos. É a dependência química.
A abstinência à nicotina provoca sintomas desagradáveis como a ansiedade intensa e crescente; irritabilidade e falta de concentração; dispersão e agitação; insônia e mal-estar.
Estes sintomas desaparecerão ao fumar-se um cigarro. É este o bem-estar que o fumante sente quando se diz que o cigarro lhe causa prazer. Além da dependência química existe a dependência psicológica e mental, que deverá ser corrigida com a mudança de hábitos.
O fumante não consegue abandonar o vício porque não atua sobre os fatores que o impelem a fumar: A dependência química, a psicológica e a mental.
Ele tenta mas não consegue.
As tentativas tornando-se frustradas, ele abandona-se ao vício.
O MÉTODO PAULATINO ensina a atuar sobre esses fatores,reduzindo os efeitos dos sintomas da dependência química e possibilitando autocontrole sobre a dependência psicológica e a mental,através dos novos hábitos.